Esse letra de Ataulfo Alves já foi acessado por 460 pessoas.
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Nas grandes cidades, no pequeno dia-a-dia
O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre as sombras, entre as sobra da nossa escassez
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre cobras, entre escombros da nossa solidez
Nas grandes cidades de um país tão irreal
Os muros e as grades nos protegem de nosso próprio mal
Lavamos uma vida que não nos leva a nada
Levamos muito tempo p'rá descobrir
Que não é por aí... Não é por nada não
Não, não, não pode ser... É claro que não é, será?
Meninos de rua, delírios de ruína
Violência nua e crua, verdade clandestina
Delírios de ruínas, delitos de & delícias
A violência travestida faz seu trottoir
Em armas de brinquedo, medo de brincar
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre as sombras, entre as sobra da nossa escassez
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre cobras, entre escombros da nossa solidez
Viver assim é um absurdo (como outro qualquer)
Como tentar o suicídio (ou amar uma mulher)
Viver assim é um absurdo (como outro qualquer)
Como lutar pelo poder (lutar como puder)
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