Letra da Música: Equilibrium Pt. Rod 3030 - Igor Bidi

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Num equilíbrio entre a maldição e o dom
Vivendo num plano onde não existe perfeição
Pilotando a nave sem por as mãos no guidon
Esquecendo o mundo e transformando ele em um som
Num som, um som, pra nós
Que seja bom pra nós, pra nós, um som
Que seja bom

E eu te pergunto quem inventou essa versão
Talentos morrem no excesso de vaidade
Afogados nesse mar de presunções
Selados no reflexo de uma vil realidade
Antes do mel tem o fel
Lembro dos que já partiram quando olho pro céu
Arquitetando a queda da torre de babel
Genialidades jogadas ao léu eu vejo
Abro mão dos meus próprios desejos
Esse não é o tipo de mundo que eu almejo
Mas ainda assim festejo, tentando me esquecer
Ignoro as dores num cortejo pra você
Eles nos prometeram que um dia íamos vencer
Quando?
Mas eu só vejo derrota
Dizem que a vitória é ter carros e notas, mansões
Acres e cartões, fujo dessa realidade nas minhas alucinações
Que são tão sãs
Faço pelo meus irmãos e minhas irmãs
Mas a maldade é como um I'mã
Facilmente ela te tira do foco
Eu não troco o que eu faço por nenhuma promessa de êxito fácil
Entenda que minha alma não tá a venda
Eu to fazendo por amor, não to pensando em recompensa
Ó
Se eu tiver que andar só
Não vai acabar em pó

Realidade tensa
A prisão é a matéria densa
Perigo só existe pra quem pensa
Pergunta pra vida se a morte compensa
Saúde e doença, que o melhor vença
Te prendem nas selas, grades são crenças
Se perdem os tolos, guerras santas
Se prendem no ouro em terras tantas
Igrejas falidas, moedas quantas
Todas pra eles e o mundo sangra
Aos falsos deuses em couro cantam
As naves dos deuses reais, planam
Pessoas por deuses leais, clamam
Vilões e suas armas letais, tramam
O povo que reza em suas casas reclamam
E nenhum desses deuses vem quando eles chamam
Nenhum desses deuses desceram salvando
Enxergo meus medos se degenerando
To regenerando tudo a minha volta
O ódio destrói, doi-se a revolta
O tempo que foi, foi, nunca volta
A foice que corta limita seu tempo
Minha alma é eterna independe do templo
Meu corpo é a nave, piloto no vento, tenta
Minhas escolhas são assim
A espada, o escudo, a estrada diz tudo, a estada
Mais do que esperei pra mim
São etapas do tudo, é no nada que surjo, meu bairro é o mundo


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