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Veja também o vídeo da música tocada.
João trabalha todo dia no shopping
Atrás de um din din
Vive num apê chinfrim em copacabana com mais três
Paga um quarto do aluguel por mês
Já foi filhinho de mamãe estudante e traficante é pqd reformado
Hoje ex-viciado que trabalha comissionado
Explorado pelo padrão que fadiga o empregado
Sonega o fisco e por isso tem atrasado
Além do mais trato pra patrão não é trato e
A corda sempre estoura do lado mais fraco
O roubo recente de um colega deixou o chefe bolado
Johny não é caguete mas já foi enquadrado
E o amigo ingrato
Deixou johny pagar o pato
Desempregado novamente sem perspectiva
Não via alguma saída ou alternativa para sua vida
A tragédia do cotidiano
É comédia na vida privada
Todo dia historias dessas na tv
Enquanto a janta é devorada
Mas pior que a nação alienada
É a indiferença dos homens de bem que não fazem nada
Quem é do bem não pode não fazer nada
Maria faz cabelo unha pé e mão
No salão de uma negra batalhadora da velha guarda
De sua escola do coração
Por quem dedica trabalho e admiração
Mas seu sonho era trabalhar na televisão
Vive sonhando acordada
Não economiza pra nada
Consome revistas e novelas
Assim como todas bobagens que são anunciadas
Tem lindas formas mas é insatisfeita
Pois não se encaixa no padrão de beleza anoréxica
Tagarela sobre cultura inútil de maneira frenética
Se enterra até o pescoço em prestações costumeiras
De roupas e sapatos que se acumulam em prateleiras
Não tem armários em seu barraco 2 por quatro
Ta pra ter um filho mas não tem cobertura pro parto
A tragédia do cotidiano
É comédia na vida privada
Todo dia historias dessas na tv
Enquanto a janta é devorada
Mas pior que a nação alienada
É a indiferença dos homens de bem que não fazem nada
Homens de bem não podem não fazer nada
O resultado fatal
Resposta social johny marginal
Revoltado q se sente mal
De justa causa injusta
No comercio não arruma nada nem de extra-natal
Anda trepado pela rua
Procurando aplacar seu ódio muito louco
Hoje assalta o ônibus que maria entrou
Faz ela de refém entre o motorista e o cobrador
Com a tropa de elite chega arma o circo
Se acertar o primeiro tiro, uma medalha pra quem,
Mira no assaltante e acerta a refém,
Matando também
Na sua barriga o neném,
Reflexo de um brasil de gente morta antes mesmo de nascer,
Excluídos que são apenas personagens no jornal e na tv
Pra que gente vê?
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