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Nestes dias de festas,
alegrias, esperanças
Sinto-me carente de afeto, abandonado mesmo.
E fazendo uma reflexão do que é minha vida.
Vi você, lembrei-me de uma pessoa que me fascinou
Num desses muitos dias do cotidiano.
Dias frios, quentes, chuvosos ou temperados
Mas que se uniram todos no momento que a achei
Não vou lhe dizer onde nem como a conheci
Pois com certeza você nem se lembra de mim.
Os olhares que me lançou, foram suficientes para marcar
E deixando-me assim, a ponto de escrever uma carta
Uma poesia,
uma mensagem,
um aviso
De que alguém te adora demais, demais, demais…
A essa altura você já deve ter pensado
Mas que idiota é esse que me escreveu?
Meu nome é Arnold, um seu tiete.
Não sou nenhuma das pessoas que você conhece
Pois no dia que a vi nem fomos apresentados
Mas um colega seu me falou muito de você
E foi assim que descobri seu endereço.
Não fui atrás de você porque nem sei
Talvez por ter medo de você me magoar.
Nem sei se tem namorado
Mas na época seu colega me falou que não. É verdade?
Se for fico feliz
Assim posso ter uma pontinha de esperança
Que só será mantida se você me responder
Acredite que não é nenhuma brincadeira
E falando muito sério mesmo
Eu simplesmente encontrei uma maneira diferente
De dizer que quero conhece-la melhor.
Sei que você nem imagina como sou
Ou talvez se lembre de mim, mas não saiba que sou eu
Mas mesmo assim, sem saber se sou um maloqueiro
Baiano, bandido, bobo, feio ou bonito
Gostaria que me escrevesse alguma coisa
Só pelo prazer de sentir que alguém se importou comigo.
Meu nome e endereço estão no verso do envelope
De qualquer forma eu lhe mando um beijo.
E aguardo ansioso por um seu.
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