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Que uso uma mascara negra sobre o meu rosto.
Mascara que me queimou o rosto, e desbotou-me o olhar.
Que longa noite é está? Que me queimo aos vapores do vinho, nos braços de prostitutas.
Nesta noite profanei Deus ao acaso, e o diabo profanou ao esquecimento!
Que noite é está? Que a mocidade lançou-me entre as águas suja do passado.
Noite chuvosa, com cheiro do sangue!
Quem viu uma flor aberta? Mesmo abatida e sem cheiro.
Quem viu um rosto? A não ser de mascara.
Que noite é está? De orgia a porta aberta; de virgens e cidades velhas?
Onde eu tenho horror aos beijos.
Que noite é está? Que troquei o manto da infância, pela sombra das orgias, a água limpa, pela a nódoa do pecado.
Que noite é está? Que sou doido em loucos anos, noite em que sacudo minha espada em qualquer coração, e depois me escondo em mascara negra, suja de baba imunda.
Que noite é está? Que a meretriz vende seu corpo, onde satã pernoita, e eu não pago um centavo.
Que noite é está? Que desmaio na pratica de Sodoma e Gomorra.
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