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É necessário a união de uma célula masculina com um célula feminina para a formação do feto. À chegada de um ser aqui na Terra, com sua vestimenta corpórea, a mãe natureza abre-lhe os braços. Na confiança do bem, na confiança do amor, essa mãe natureza oferece tudo que ao seu alcance está. Não trata o homem como a única criação de Deus, mas oferece-lhe todos os recursos para que ele se encontre. Quando a mãe natureza abre seus braços, ela diz, através da pedra, do sol, da chuva, que tudo é necessário para a compreensão interior. Mas quando o homem acredita apenas que ele possa amar a criatura vinda da participação ativa da sua célula, quando acredita a mulher poder amar unicamente a criatura vinda por ela, com a participação direta da sua célula, estão esse homem e essa mulher virando as costas para os braços da mãe natureza.
Se a sua célula não foi suficiente para trazer um ser que, acredita você, poderia chamar de filho, olhe e enxergue aquela outra criatura que não tem ao seu lado nem o homem e nem a mulher que participaram com as suas células para a sua chegada. O amor não pode apenas estar numa célula. O amor está no ser. Não importa quem você é, não importa como você é, o que importa é aonde está e como está na confiança deste amor. A mãe natureza nos convida para que aprendamos a amar. Amar aquele que estiver ao nosso lado sim, mas, principalmente, aquele que não tenha nascido de nós. Pois nascemos e morremos de várias maneiras, de muitas pessoas, e em diversas ocasiões, mas somos todos pertencentes a uma única criação. Confiar é acreditar, é trabalhar, é repartir, é contribuir, é doar, é viver e, acima de tudo, permitir que o outro fique ao nosso lado.
Que a confiança, que cada um recebeu quando aqui chegou, nos braços da mãe natureza, possa ajudá-los a continuar na estrada que precisam seguir.
Que Deus abençoe a todos.
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