Letra da Música: Samba Do Vacilante - S.U.P.R.A. Vida Secular!

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Iá-Iá-Iá-Iá Iê! Iê-Iê-Iê-Iê Iá!Iê-Iê-Iê-Iê Iá! Iá-Iá-Iá-Iá...

Há fulanos que falam que são malandros só por que têm um "oitão"
com muita bala
O malandro de verdade curte a vida desarmado e não cava a sua
vala
De calça "jeans" ou alinhado, de tênis ou de sapato, onde chega
é bem tratado
Sempre querido e respeitado, tem presença, fala bem pois é um
cara denodado

Andando em grupo ou sozinho, vai em frente pela sombra com a
consciência limpa
Não deve nada a ninguém, é gente boa e seu jogo de cintura é
"supimpa"

É modesto quando fala, procedendo como homem não se achando o
batuta
Sujeito original, dispensa a farsa e o uso de uma máscara
fajuta

Malandro inconseqüente e vacilante que na área abusa da
valentia
Deita mais cedo no sereno sem lençol ou travesseiro e não acorda
noutro dia

Ô malandro, o quê que há?
O que faz você pensar
Que pode se agigantar
A fim de nos esmagar?

Ô malandro, assim não dá
Se coloque em seu lugar
Você pode se estrepar
Ao querer, todos peitar

Atenção meu "cumpádi" se você faz barulho sem necessidade
Toda mãe derrama prantos e lamenta ao perder o filho em tenra
idade
Que malandrice é essa que coloca o próprio corpo exposto ao
envenenamento
Se reduzindo a um farrapo só por causa do efeito de um químico
contento

Quem é malandro se adianta, vai veloz e nunca deixa na carência
a sua amada
Para brigar com desafetos ou ficar falando asneira em meio a
rapaziada

Ganhar no grito difamando com injúrias tão cruéis só alimenta o
rancor
Modo de agir de alguém mal resolvido, infeliz, sem pundonor

Malandragem de verdade dá nó cego em pingo d`água e mantém tudo
"firmeza"
Ao invés de fazer cara de mau, é melhor raciocinar e ter...
destreza

Ô malandro, o quê que há?
O que faz você pensar
Que pode se agigantar
A fim de nos esmagar?

Ô malandro, assim não dá
Se coloque em seu lugar
Você pode se estrepar
Ao querer, todos peitar

A vida apesar de muita dura é tão bela pra abusármos tanto dela
Reclame menos, lute mais para encontrar o aconchego desviando da
mazela
Mais vale um sentimento de pureza à uma compulsiva fome de
consumo
Ser incondicional e verdadeiro com pessoas tão carentes sem o
"sumo"

Mesmo sendo tu um malandro "bunda suja" ou malandro d`alta roda
O ciclo natural detém os galhos tão selvagens ao executar a
poda

A minha munição é uma caneta entre os dedos e uma idéia
alucinante
Lapido as palavras e transformo a poesia ritmada em diamante

Tô acordado, observando em seguida musicando, cuidadoso e tô
ligado!
Como o sol que aquece todo dia o distinto e o execrado

Ô malandro, o quê que há?
O que faz você pensar
Que pode se agigantar
A fim de nos esmagar?

Ô malandro, assim não dá
Se coloque em seu lugar
Você pode se estrepar
Ao querer, todos peitar

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