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Quando vejo turva sua alma curva
Quando seu olho chove
Minha alma molha
Quando você úmida mata minha sede
E joga sua rede
no mar do meu sertão
Quando você parte e vai morar em Marte
E a sua pele entra em extinção
Quando sua medida já em mim não cabe
Eu volto pro casulo da minha solidão
Quando você dança ao som do temporal
Quando você dorme sua harmonia ecoa
Quando sua voz me salva do meu sonho mau
Eu desperto e me deito sobre sua mão
Quando você diz que quer casar comigo
Sem demora eu digo more no meu coração
Quando eu vejo o mundo pelo seu umbigo
Te entrego meu corpo mas minha alma não
Parece que de teus meios
sai o ar que eu respiro
Porque só em teus seios
eu durmo em paz
Insônia, psicodrama
na minha cama eu giro
Ninguém desconfigura
o meu sistema como você faz.
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