Esse letra de Zé Carreiro e Carreirinho já foi acessado por 156 pessoas.
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Vinte e seis de fevereiro, pra servir eu fui chamado
Novecento e dezenove, até hoje eu tô lembrado
Eu segui para São Paulo, eu levei meu certificado
Me apresentei no quarté, onde eu fui inspicionado
O dotor de lá me disse, você vai dá um bom sordado
Segue hoje pra Caçapava, seu lugar designado
Doze meis e quinze dias, que eu parei em Caçapava
lugar frio e de saúde aquele lugar onde eu tava
Depois de todo esse tempo, o governo nos chamava
Para ir prestar serviço, que a pátria precisava
Tudo o que eu ia passar, o meu coração contava
Tanto como eu padecia eu também me arregalava
De Caçapava pro Rio nós seguimos em contingente
Cento e vinte sordado e muitos cabos competente
E nos carro de primeira, ia o segundo tenente
Por quem fomos comandados, uns chorando, outros contente
Uns chorava por patife, outros por deixar os parente
Mas quem cair nesse artigo é obrigado a ser valente
Até hoje inda me lembro o nome do vapor
que nós fomos conduzidos do Rio à São Salvador
Seiscentos homens e armas, fomos tomando o interior
Pra honrar a nossa farda e mostrar nosso valor
Fomos todos anquipado pra garantir um dotor
que no Estado da Bahia queria ser governador
Conheci muitos lugar no navio de passagem
fui ver coisas que eu não via, se não fosse esta viage
Nós fizemos na Bahia quinze dias de parage
muitos lá até chorava, vejam que grande bobage
Quando a pátria nos chama, deve ir e ter corage
Assim como eu também fui e fui feliz na minha viage
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