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Confira algumas curiosidades sobre a Condessa de Barral

Mulher era considerada uma personagem marcante pela família imperial brasileira.
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Mesmo que a história da monarquia no Brasil não tenha durado tanto tempo como em outros países do mundo, acabou se tornando tempo suficiente para produzir uma série de personagens que acabaram ficando conhecidas como nobres. Era basicamente uma cópia do que acontecia nas monarquias britânicas, locais que acabaram concedendo algumas honrarias para aquelas pessoas que estavam próximas das famílias reais, ou seja, daquelas pessoas que eram realmente poderosas. 

E uma dessas nobres que acabou se tornando uma personagem marcante, mas que acabou sendo esquecida na história, foi Luísa Margarida de Barros Portugal, que se tornou mais conhecida pelo título que obteve, se tornando a Condessa de Barral. Mas ela obteve alguns outros títulos também, como marquesa de Monferrato e Condessa da Pedra Branca. 

Mesmo não estando em uma posição central na família real que comandava o Brasil, a Condessa de Barral foi considerada como uma mulher bastante influente nas decisões que a corte tomava, bem como uma pessoa classificada como “à frente do seu tempo”. Mas um dos motivos que acabou tornando ela mais famosa foi sua proximidade com D. Pedro II. Uma proximidade tão intensa que acabou fazendo com que seu nome aparecesse em diversos jornais da época como uma suposta amante do monarca. 

Confira algumas curiosidades sobre a Condessa de Barral

Confira algumas curiosidades sobre Condessa de Barral:

Sem casamento arranjado

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Luísa Margarida era filha do diplomata Domingos Borges de Barros, o visconde da Pedra Branca. Naquela época, era muito comum que os pais acabassem escolhendo os maridos das filhas, quase sempre na tentativa de tornar ela uma pessoa da nobreza. Mas, quando Domingos tentou casar a filha com um pretendente mais velho, ela se rebelou e não fez o que pai queria. 

Ela decidiu escolher o próprio marido, o francês visconde de Barral. O problema é que o nobre com que ela decidiu se casar tinha apenas título, e não fortuna. Com isso, ela realmente conseguiu obter os títulos, mas acabou não tendo a vida de luxo que o seu pai queria ao tentar casar com ela com uma pessoa que realmente tinha muitas posses. 

Pai abolicionista

Mesmo seguindo a tradição de tentar casar a filha com um homem rico, podemos afirmar que parte da educação rebelde de Luísa veio do seu próprio pai. Domingos era um homem apontado como singular em sua época. Ele era dono de um jornal de poesias e membro da Maçonaria. Além disso, era publicamente um grande defensor da abolição da escravatura, algo que realmente não era nada comum entre as pessoas que frequentavam o mesmo círculo social que ele. Ele inclusive conseguiu dar liberdade para boa parte dos seus escravos durante a mudança para o Brasil. 

Amizade com os escravos

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Com essa posição do pai, acabou se tornando natural para Luísa que ela tivesse uma convivência completamente diferente daquela esperada por uma jovem da sua classe com os negros que trabalhavam como propriedade dos brancos. De acordo com historiadores, ela convivia bastante com os escravos, inclusive fazendo visitas nas casas deles e nas senzalas. 

Proximidade com a família de D.Pedro II

Mas foi quando essa Condessa realmente conseguiu se tornar uma pessoa próxima do poder monárquico brasileiro que ela realmente se tornou uma figura mais importante. Ela era muito próxima de D.Pedro II, tendo passados 34 anos um na vida do outro. E isso se tornou realidade quando a Condessa acabou sendo a escolhida para se tornar a tutora das filhas do imperador, as princesas Isabel e Leopoldina. Ela ganhou o cargo por ser reconhecida na sua comunidade por ser uma mulher bastante culta e versada nos mais diversos assuntos. 

Com isso, a Condessa acabou criando um laço de amizade muito forte com as jovens. E isso pode ser comprovado em trechos de cartas que foram resgatadas e que foram escritas pela Condessa para as princesas:
"Minhas queridas princezas, Disse que não escreveria hoje, mas sinto tantas saudades a estas horas que sempre passo aos sábados na companhia de vossas altezas que não posso resistir ao desejo de conversar com minhas queridas princezas. Não vão pensar que eu fiquei no Rio; estam muito enganadas; meu coração partiu com vossas altezas e por lá anda".

Casa para ficar ainda mais perto

Veja também:

De tutora das princesas, a Condessa passou a fazer algumas outras coisas para a família real. A aproximação com D. Pedro se tornou ainda maior quando ela passou a ajudar na redação de sua correspondência com outras figuras importantes da sua época. Neste tempo, o monarca se tornou um grande admirador da inteligência da Condessa, e resolveu alutar uma casa nas proximidades do palácio, para que ela ficasse mais perto dele e das filhas. 

Leal até o final

Diante da queda da monarquia, a Condessa seguiu leal a família real. Ela os acompanhou durante o trajeto de retorno para a Europa. D. Pedro chegou a se hospedar na casa de Luísa na França, em uma área rural. Ela acompanhou de perto os momentos finais dos últimos imperadores do país, e faleceu em janeiro de 1891. 


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