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Espião russo que vivia no Brasil é acusado pelo FBI. Entenda o caso!

Homem vivia no Brasil com uma identidade falsa.
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Geralmente as pessoas acreditam que espiões existem somente no mundo da ficção. É claro que diversos elementos que costumam ser explorados nestas histórias acabam sendo um pouco de exagero, mas é fato que espiões realmente existem e que eles utilizam as mais variadas técnicas para conseguir chegar nos seus objetivos. E alguns países acabaram se tornando reconhecidos internacionalmente por utilizar este tipo de recurso de uma forma mais frequente.

Espião russo que vivia no Brasil é acusado pelo FBI. Entenda o caso!

Há cerca de um ano atrás um homem acabou sendo preso no Brasil após ser acusado de viver com uma identidade falsa. O nome real dele era Sergey Cherkasov, um russo que estava morando no país com o nome inventado de Viktor Muller Ferreira. Por isso, ele acabou sendo condenado a 15 anos de prisão por aqui.

Mas agora as coisas devem se complicar ainda mais para o russo, uma vez que o FBI, nos Estados Unidos, vai processar ele pelos mais variados crimes. A agência de inteligência norte-americana publicou um relatório detalhado de todos os crimes que ele teria cometido, e também dando mais detalhes de como ele vivia no Brasil e conseguia passar despercebido.

Entenda o caso da prisão no Brasil

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O homem acabou tendo a sua identidade real revelada em abril de 2022, quando ele viajou daqui para o Brasil para a Holanda. Ele afirmou que estava fazendo a viagem para trabalhar como estagiário no Tribunal Penal Internacional, em Haia, como se fosse brasileiro.

Mas a Rússia não faz parte do Tribunal Penal Internacional, e ao longo do último ano, com a guerra da Ucrânia, a Core de Haia recebeu diversos pedidos de processo contra o governo russo —recentemente, até mesmo emitiu um mandado de prisão contra o presidente Vladimir Putin. No meio de toda essa confusão, o homem acabou voltando para São Paulo.

Espião russo

Ele acabou sendo identificado como um “ilegal”, nome que geralmente acaba sendo dado para o grupo de pessoas que são enviadas da Rússia para outros países com o objetivo de coletar informações. Para que os governos onde essas pessoas são enviadas não descubram, eles normalmente são orientados a se estabelecer com uma identidade falsa, sendo por isso chamados de “ilegais”.

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Estas pessoas acabam recebendo muitos treinamentos no país de origem antes que eles efetivamente sejam enviados para uma determinada missão. Eles precisam dominar não apenas a língua do país onde vai morar mas também outros idiomas que podem ser importantes para o seu trabalho.

Algo que chamou a atenção na história que foi revelado tanto pelas autoridades brasileiras como a dos Estados Unidos é que estes espiões acabam se utilizando de algumas técnicas de comunicação muito parecidas com que o que normalmente a gente vê nos filmes, chamada de “dead drop”.

Basicamente eles vão até um local de pouco movimento e deixam u pacote que tem um pen drive ou algum outro dispositivo que tenha alguma informação que será passada para o superior. O documento do FBI afirma que o espião foi preso com um celular que era utilizado nas operações e conseguiram encontrar um destes pontos, que ficava em uma região em Cotia, na Grande São Paulo.

Mais informações sobre o espião

O FBI afirma que Cherkasov é de Kaliningrado, um território da Rússia que fica separado do resto do país, entre a Polônia e a Lituânia. A mãe, Galina, ainda mora lá. O relatório aponta que foi encontrado um vídeo do ano de 2017 que mostra o espião e sua mãe conversando em um restaurante no aeroporto de Mosocu.

O FBI também afirma que encontrou o perfil em uma rede social russa, cujo nome é VKontakte, que publicou antigas fotos do espião. A mais antiga é do ano de 2008, na qual ele aprece usando uma farda militar.

Quando foi preso por aqui, o consulado da Rússia mandou uma carta para as autoridades brasileiras. Nesse documento, os russos reconhecem que a pessoa presa com o passaporte de Victor Ferreira é, na verdade, o russo Sergey Vladimirovich Cherkasov.

Atualmente existe um pedido feito pelo governo russo para que ele seja extraditado para a Rússia pela alegação dele ter cometido o crime de tráfico de drogas, mas não existe nenhum indicio de que ele de fato tenha cometido tal crime.


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